O galã Andrew Garfield falou recentemente sobre ‘Queer’, o novo longa de Luca Guadagnino, seu colega com quem trabalhou em ‘After the Hunt’ (Depois da Caçada).
Durante uma entrevista ao The Hollywood Reporter, Garfield compartilhou sua experiência ao trabalhar com Luca e comentou sobre ‘Queer’:
“Ele está tentando me levar para uma exibição. Ele só me mostrou uma cena de sexo oral, que achei tão genuinamente linda, como se fosse uma cena de amor entre Daniel [Craig] e Drew [Starkey]. É tão terna e cheia de saudade, e, obviamente, gráfica em certos aspectos. Mas eu pensei: ‘Oh, eu vou adorar esse filme.’ Ele é um sensualista e humanista, em sintonia com seu próprio desejo”, afirmou.
Ao refletir sobre ‘Queer’, ele declarou: “É algo parecido com ‘Queer’ ou ‘Babygirl’. Mas pelo que entendi, os jovens querem menos sexo nas telas! Isso faz sentido, pois foram expostos a tanta pornografia gráfica, acessível com um clique, que agora dizem: ‘Chega.’ De certa forma, o erotismo foi perdido devido ao domínio da pornografia. De qualquer forma, eu não sei. Quero voltar a fazer teatro, a me apresentar no palco novamente. Estou muito, muito grato. Também desejo ajudar. Acho que o foco deve ser mais em ajudar os outros a chegarem onde querem. Não sei exatamente como isso se parece, mas sinto que posso ser um mentor para outros atores e cineastas, ajudando dessa maneira. Isso parece uma boa forma de passar meu tempo. Está tudo em aberto. A meia-idade não é tão ruim”.
Confira e siga o CinePOP no Youtube:
“Ambientado na Cidade do México dos anos 1950, Queer segue William Lee, um expatriado americano na casa dos quarenta e poucos anos, que leva uma vida solitária em meio a uma pequena comunidade americana. No entanto, a chegada à cidade de Eugene Allerton, um jovem estudante, faz com que William finalmente estabeleça uma conexão significativa com alguém”, diz a sinopse.
Não deixe de assistir:
Para dar vida a essa história, Guadagnino reuniu um elenco de talentosos atores, incluindo Daniel Craig, Drew Starkey, Omar Apollo, a indicada ao Oscar Lesley Manville, Jason Schwartzman, Andra Ursuta, Michael Borremans e David Lowery.
Lembrando que o romance ‘Queer’, dirigido por Luca Guadagnino e estrelado por Daniel Craig, fez sua estreia no Festival de Veneza, onde foi exibido para a imprensa e recebeu uma avaliação positiva no Rotten Tomatoes, com 82% de aprovação baseada em 11 análises.
Os críticos elogiaram amplamente o trabalho de Guadagnino e a atuação de Craig, considerando o filme como um dos melhores da carreira de ambos.
Confira e siga o CinePOP no YouTube:
“Com este filme, Guadagnino e Craig conseguiram o que David Cronenberg não conseguiu [com Mistérios e Paixões]: humanizar um homem cuja preferência pela companhia dos gatos foi vista como misantropia”, disse Damon Wise do Deadline.
“Craig oferece um vislumbre do DNA carrancudo de Burroughs, mas o truque de sua atuação — que é ousada, engraçada e cheia de vida — está em interpretar o Burroughs mais jovem, antes de ele ter mergulhado no abismo da insanidade cultivada”, disse Owen Gleiberman da Variety.
“Craig é tão dominante que, às vezes, parece que Gene quase não está à altura dele. Craig é estranhamente magnífico”, disse Peter Bradshaw do The Guardian.
“Guadagnino busca não só expandir sua percepção como espectador, mas também desmembrar e reorganizar todas as partes de você que captam e sentem emoções ao assistir a um filme”, disse Ryan Lattanzio do IndieWire.
“Queer é feito para ser espinhoso, reservado e enigmático. Desejar algo mais dele pode ser simplesmente repetir o erro de Lee, buscando algo que nunca poderia ser nosso”, disse Richard Lawson da Vanity Fair.
“Para uma adaptação de Burroughs, possui toda a provocação, mas carece da intensidade perturbadora que Naked Lunch ainda conserva, quase 35 anos depois”, disse Fionnuala Halligan do Screen International.
“Esse turbilhão complexo de emoções exige muito de Craig, e ele demonstra estar à altura do desafio. É um prazer vê-lo tão descontraído após anos de atuação controlada como 007, e ele entrega, possivelmente, sua melhor performance até agora”, disse Raphael Abraham do Financial Times.
“Com as imagens mais surreais de sua carreira, Queer é como se Luca Guadagnino fundisse a essência dos quatro últimos filmes que dirigiu em uma única obra”, disse Alexander Harrison do Screen Rant.